terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Chapada dos Guimarães, 8 dias sem carnaval. Caminho para as carvernas


Dia 10 de fevereiro foi dia de aventura. Dia de visitar o circuito das cavernas.
Minha irmã e Sonia não irão, já fizeram esse passeio. Vou me encontrar com o guia na frente da igreja de Santana de 1779, uma preciosidade, construída de taipa de pilão e telhado em telha de barro canal. Essa igreja está no centro da praça é rebocada e caiada, suas janelas e portas são azuis. Na porta principal passamos por um lindo portal de madeira entalhada à mão. Dentro, a capela mor é revestida de azulejos do chão até altura de 80 cm. Esses azulejos são do período pombalino, pintados à mão e foram fabricados em Lisboa no século XVIII.
São 9:00 horas da manhã. O dia está nublado, o que facilitará nossa caminhada pelo cerrado. Aguardo a chegada do guia Pedro Ortega. Moço bonito, formado em sociologia, terminando o curso de psicologia e técnico em turismo. Seu sonho é juntar essas três ciências e fazer com que o turista que venha visitar a Chapada tenha uma experiência além do simples visitar o local. Ele quer que a pessoa se reconecte à sua essência e saia desta experiência um ser melhor. Juntam-se a nós duas paulistas Cris e Ruth e depois o jovem casal Gabriel e Larissa, ambos do interior do Estado de São Paulo. Gabriel de Caçapava e Larissa de Jundiaí.
Todos reunidos iniciamos nossa aventura. Pego carona no carro de Ruth e Cris, Pedro vai no carro de Gabriel e Larissa. Do centro até as cavernas devemos percorrer uns 30 km em direção a Campo Verde até a Fazenda Água Fria onde ficam as cavernas. Um bom trajeto é de estrada de asfalto, depois pegamos uma estrada de terra que está bem conservada, embora tenha alguns pontos com areião. Em parte do caminho, em ambos os lados o cerrado foi substituído por uma enorme plantação de soja. Chegamos na fazenda 10:00 horas da manhã. Para fazer esse passeio, é possível escolher se quer chegar até as cavernas de trator, ida e volta, ou só ida com volta a pé percorrendo a trilha dentro do cerrado, ou ida e volta à pé. Nosso grupo optou por fazer ida de trator e volta à pé. O trator puxa uma carroceria onde foram colocados bancos como um ônibus, é todo aberto.
Assim que chegamos na fazenda, recebemos caneleiras para nos proteger de picadas de cobra. Passamos pelo restaurante para confirmar que na volta iríamos almoçar e corremos para nosso transporte. No meio do caminho o trator pára em um lugar onde é possível avistar todo o vale até a cidade de Cuiabá. Fotos, fotos e mais fotos. Voltamos para o trator logo ele nos deixa na trilha para encontrar a nossa primeira caverna, Pobe Jari.
No caminho para a caverna Pedro vai nos contando das riquezas cerrado. É no cerrado que encontramos as nascentes de 8 das 12 regiões hidrográficas e responde por um terço da biodiversidade do Brasil. O clima é quente e há períodos de chuva e de seca, com incêndios espontâneos esporádicos. As árvores têm caules retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção da água. Algumas árvores do cerrado possuem o caule em volto de cascas grossa que parece uma cortiça. No caminho para as cavernas pode acontecer de um mosquitinho entrar dentro dos olhos, ele adora fazer isso e é bem desagradável. O mosquitinho é conhecido como “lambezóio”. Para evitar que isso ocorra, Pedro nos deu a dica de pegar uma folha de Negramina e deixar perto dos olhos, ela funciona como um repelente do lambezóio. Como eu estava de chapéu coloquei em cada lado das minhas têmporas e deu certo.
Vamos aos valores por pessoa para esse passeio: o guia cada um paga R$ 50,00. Entrada na Fazenda R$ 65,00. Trator só ida R$ 20,00. Almoço, R$30,00
Não existe a possibilidade de fazer o circuito das cavernas sem um guia. Nosso guia foi muito bacana e o grupo todo interagiu harmoniosamente.
Contato de Pedro Ortega: +55 65 9978-0015


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