quinta-feira, 31 de março de 2016

87 dias de viagem - Segundo dia



Dia 31 de março de 2016
Segundo dia de viagem.
Ontem fomos dar uma volta à pé pela rua ao lado. Meu Deus, estamos em uma cidade ou no campo?
Hoje pela manhã demos uma volta de carro para resolver algumas coisas, como o cabo novo para a bateria de meu computador, uma vez que não consigo conectar na tomada local. Foi fácil. Fomos ao tintureiro, ao correio, fizemos um monte de coisas e só parávamos quando o farol ficava vermelho. Incrível, não tem trânsito.
O céu aqui é bem grande, não existe prédios altos, os únicos são os hospitais. Estamos rodeados de montanhas e elas estão nevadas. Lindas. O tempo está meio cinza, mas existe uma promessa no ar de primavera próxima. Cada galho de árvore está brotando uma flor ou folhagem.
A paisagem é assim como a da foto, com tempo de dar passagem à família de patos. Se você tiver tempo, olhe com cuidado. No final da estrada pode-se ver as montanhas nevadas.
Hoje à noite vamos para a cabana do David no Oeste Selvagem em Scofield voltamos em dois dias.


87 dias de viagem. Primeiro dia






30 de março de 2016
Cheguei nos Estados Unidos via Chicago, meu destino: Salt Lake City
Sai do Brasil dia 29 de março às 22 horas. Vou ficar nos Estados Unidos até o dia 22 de junho. Chego no Brasil dia 23 de junho de 2016.
Motivo da viagem: arte, encontros, arte do encontro, encontros com artes.
Voos me atordoam. Fico com dificuldade de concentração, assisto aos filmes e durmo. Acordo assustada e volto a assistir ao filme. A luz é péssima para a leitura, ilumina a cabeça da pessoa que está ao meu lado. O alívio é ver pela tela que o avião já está quase chegando. Momentos de deslocamentos são chatos, sonho com o teletransporte.
Passo pela imigração, a moça era a mesma que trabalhava no filme com Tom Hanks “O Terminal”, Zoë Saldaña. Tanto que ela não me deixou prosseguir. Fui mandada para a salinha da imigração. Acho que eles pensaram que eu queria imigrar. Saquei meu caderno criativo e comecei a desenhar.
Era muito estresse. Uma viagem longa, atordoante, um outro país, outra língua e eu tentando não me perder. Minha filha sabe como é difícil para mim não me perder.  Desconfiados me levam para a salinha. Para aguentar a pressão, só desenhando rendadozen. No final, foi uma oportunidade para iniciar o caderno da viagem. Fiz um beija-flor como o nome do Bed & Breakfast (BNB) que Silvye irá abrir em Salt Lake City. Passados alguns minutos de espera para uma “conversinha”, um agente da imigração me chama, faz uma série de perguntas. Quer saber se sou casada e onde está meu marido. No Brasil, respondo. Mais uma vez, o Dado resolve tudo. Diz o oficial: “Ok, boa estadia.”
Pego minha mala, passo pela alfândega e vou para o terminal doméstico pegar o avião para Salt Lake City. Chego totalmente zonza, caminho rumo à esteira para retirar a mala e, lá está minha querida amiga me aguardando com sorrisos, abraços e promessas de dias incríveis.